quarta-feira, 21 de novembro de 2007

perder palavras - II

justamente, andava pensando tanto nessa questão de "perder palavras", que o pensamento resolveu se concretizar; virou ímã; o único porém que me cabe ressaltar é que já haviam outros textos desse mesmo assunto, na frente deste post baseado no agora agorinha da louca aqui; então, só pra variar, resolvi guinar o trajeto e meter a carreta na frente dos bois, ah, apenas para não desvirtuar muito do caminho natural da desordem e continuar sendo fiel ao meu o instinto caótico que se recusa em adormecer com a idade.

por esses dias de novembro que aos poucos já começa a se avizinhar em tempos de dingobél, faço uma retrospectiva à cesta básica, antes mesmo de chegar no dia 30; e, de antemão bem rapidinho, concluo: andei tão sem tempo, que, no final das contas, nem acaso o houve para falta dele sentir e me enleiar com a escrita.
é, as últimas semanas têm se saído exímias Maryl Streeps, em o Diabo Veste Prada, no seu papel de Aniquiladoras Maior de qualquer sopro de inspiração divina. todavia, no ardor da peleia pampeana de quem não se entrega, eu hei de conseguir tirar alguma energia de lá, e ter, nem que seja uma míope réstia de criatividade, mesmo que seja abaixo de dias beges dias, mas não deixar jamais a energia viva morrer!

então, para aproveitar o cauldal do leite da pedra filosofal doidal, mostro-lhes a bomba que acabei de escrever para a dona Ane, programada pro bum, agora, no auge ao cubo de minha loucura (acho que também a dela) pelos os estafantes prazos de entregas dos trabalhos acadêmicos. well, apenas espero reler isso um dia e verdadeiramente achar graça desse estado de espírito que vem se agigantando ao tomar as rédias do meu autocontrole a cada badalada a menos nessa contagem regressiva para alforria que, toda tesa, me espera lá fora.



Ane, eu to ficando loca, mas eu não me esqueci de ti, tá? olha eu não me esqueci, agora só te peço, só não esquece de mim, e traz um gardenal na próxima aula, vamos tomar boletas para enfim sonhar viver de olhos abertos e bem calmas a liberdade que tanto sonhamos e que tanto riscamos diminuindo os dias naqueles pauzinhos desenhados de presidiárias que foram e vieram de arrasto dentro da modorra pardacenta.


é sério, preciso te dizer, preciso te dizer isso há dias, às vezes eu acho que há uma grande conspiração contra mim; eu tenho certeza de que eu faço as coisas, tenho a nítida lembrança de ter escrito algumas várias e certas bobagens incertas sobre a punhetinha solicitada pela mestra-mór e, no entanto, vou procurar o arquivo, seja no pen-drive, no pc, ou na minha memória estéril de quem já está nas últimas, e nada. vasculho várias vezes, aperto o botão da merda ampulheta do sherlock que windows resolveu tomar conta (e que de sherlock não tem é nada) e nada. nada aparece. mas eu me lembro, eu me lembro das frases, o jeito que eu tinha escrito determinada mentira ou verdade, já não importa, o fato é que eu me lembro delas em meio a esses tantos arquivos que, para o meu desespero ainda maior, só abrem em branco, e as frases então voltam na minha memória, bem do jeito, bem do jeito que eu tinha escrito sabe.


guria, descrever tal sensação de perda me dá duas, três, quatro vezes uma revolta do estômago que me sobe tudinho pra cabeça. dá vontade de sair vomitando nas pessoas, quaisquer pessoas, até nos velhinhos que dão farelos pras pombas na Redenção, vontade de gargalhar que nem Gato Félix, e depois chorar, chorar na cara de todo mundo, chorar muito, inundar a roupa dos outros, e então voltar a gargalhar tudo de novo, tapando a barriga com a mão pra tentar amenizar a dor dos músculos flácidos de tanto se encadeirar pra ter canudo, até que por fim, e enfim, tudo caia, eu, o mundo caia, tudo exausto no chão, nauseados de brincar de fantoche faz-de-conta da escolinha feliz.


faz-de-conta, faz-de-conta, é tudo um faz-de-conta, ô dona mestra diplomada, então faz isso, faz de conta que eu já morri, e me esquece, mas antes só mais um pedidinho: deixa eu vomitar meu vômito em paz de marionete dos olhos de vidro do açúcar queimado e me sentir mais leve sem ao menos ter um trabalhinho antes de ter o último treco? posso? posso entregar o trabalhinho lá, no oitavo círculo do inferno? é só mais uma semaninha, mestra. (os pecados já são tantos mesmos que tem elevador direto.) hãm? que tal?

eu cumpri os protocolos, ajoelhei nas tampinhas da ABNT e os escritos simplesmente sumiram! eu passei noites escrevendo coisas e mais coisas sobre coisas e elas desapareceram! simplesmente desapareceram! eu tenho vontade de gritar dentro daqueles corredores encerados do feudo e acabar de vez com a paz, com a vida perfeita de castelo de Caras daquelas diabas travestidas e sair de lá mesmo que seja amarrada em camisa de força, para pelo menos nunca mais ser importunada com balelas de lingüiça da Lebon Sourbone Lacre da Razão! nunca mais!
sim, eu admito, eu sou mari, a marionete, que por acaso, ou quiçá, ironia do destino, chegou no final do game.


...

..


cara, achei! achei os arquivos. eles estavam na minha frente e não sei como eu não enxergava! ali, bem ali, saltando nas barbas do meu real!

então, agora depois te ter reescrito tudo isso durante umas duas horas, eu te pergunto:
acaso venci?


hauahahahahahauahauab
hahahauahauahauahauuau
hauahauahaiuahauahaha
hauahuahauahauahauahua
hauahahahahahauahauab
hahahauahauahauahauuau
hauahauahaiuahauahaha
hauahuahauahauahauahua
hauahahahahahauahauab
hahahauahauahauahauuau
hauahauahaiuahauahaha
hauahuahauahauahauahua



ou fui vencida?



pelo demônio?
hahahahaha
hohohohoho
hahahahaha
hohohohoho

6 comentários:

Anônimo disse...

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Unknown disse...

(antes de mais nada, deixa ela em paz, crescenet! ah, na real, VÃO SE FUDER!)

véia, HOJE É QUINTAAAAAAAAAA!
te levanta e vamo pro suco!!!!

maricota disse...

ô minha, véia, me visitando, é?
saudade tua, quando é que tu vai vir aqui dar uma vomitadinha com a gente?

te liguei pra te dar bom dia, mas acho que tu tava na tua.

enfim, te amo.

Anônimo disse...

ô minha, véia, me lendo, é?
saudade tua, quando é que tu vai vir aqui pruma jantinha com a gente?

bom dia! mas na real eu tava na rua.

até o fim, te amo.

Anônimo disse...

ia lendo e gostando e lendo e me surpreendendo com o ritmo e lendo e querendo saber mais. Ótimas essas tuas estranhas entranhas.

Neshikot rabot de

Mummy, a múmia

Anônimo disse...

essa é minha mãe.:P

humm... um elogia de minha mãe sempre é bem-vindo, pois se ela diz que gosta é porque é verdade. ah, e raros são os meus textos de que ela gosta...


brigada mummy.





mn