sábado, 24 de novembro de 2007

Mentiras sinceras

Mentiras sinceras muito me interessam.

Sussurros norteadores que revelam o que se é displicentemente.

Alguns pequenos passos ao espaço literato escondem o ego acendendo incenso perfumado em palavras que instigam o paladar dos viventes pela subjetiva sinestesia do olfato.

O devir, espaço eqüidistante da mão ao papel é um hipotético arco-íris de cores a serem psicografadas da alma como trabalho de criança [empunhando lápis de cor, canetinha, giz de cera] ainda por colorir.

Que caiam por terra todas as verdades auto-suficientes!

Palavras-ícones imóveis que confortam tantas mentes em status correto de bom expectador.

Arquétipos pré-moldados sobre imensos alicerces fabricados onde a dor subsiste na utopia dos padrões de felicidade e satisfação.

Meu ébrio equilíbrio de convicção esferográfica revela e disfarça o que fui e o que não sou: um mentiroso velado cheio de boas intenções.

Um comentário:

Leonardo disse...

Há uma assimetria orfética nesse blog, M Nisemblat sempre em decúbito inverso.
Gostei muito
;)