quarta-feira, 30 de julho de 2008

Joker




Pra quem é afeito a um bom carteado como eu: a melhor carta na manga.

A rodada foi terminada, o baralho guardado: carta morta.

Bela carta de baralho, mítica, já foi Nicholson, agora Ledger.

Carta fora do baralho antes do jogo terminar. Fica a impressão em celulóide, película sombria.



A boca rasgada, a risada macabra.




Não foi a morte, a diva mais dark, que compôs o mito: foi o trabalho visceral. Rasgado - como o sorriso doentio, irreprimível. Hipnótico. Clown patético, dolorido, doente, lunático.


Que ele já vinha, grande, forte, de longe - levando murro na cara do pai em "A Última Ceia" e pendurando uma camisa manchada de sangue em "Brokeback Mountain". Ou cantando, adolescente, "I can't get my eyes off you", em "10 coisas que odeio em você".




E, por fim, a cartada certeira, derradeira,

GAME OVER.

Why so dead, Joker?

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