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Pra quem é afeito a um bom carteado como eu: a melhor carta na manga.
A rodada foi terminada, o baralho guardado: carta morta.
Bela carta de baralho, mítica, já foi Nicholson, agora Ledger.
Carta fora do baralho antes do jogo terminar. Fica a impressão em celulóide, película sombria.
A boca rasgada, a risada macabra.
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Não foi a morte, a diva mais dark, que compôs o mito: foi o trabalho visceral. Rasgado - como o sorriso doentio, irreprimível. Hipnótico. Clown patético, dolorido, doente, lunático.
Que ele já vinha, grande, forte, de longe - levando murro na cara do pai em "A Última Ceia" e pendurando uma camisa manchada de sangue em "Brokeback Mountain". Ou cantando, adolescente, "I can't get my eyes off you", em "10 coisas que odeio em você".
E, por fim, a cartada certeira, derradeira,
GAME OVER.
Why so dead, Joker?
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