terça-feira, 8 de maio de 2007

o encarniçamento da alma

dias de ódio em quarto vermelho. escolhi escrever ladeada por uma parede que me deixava encarniçada. hoje a parede é branca. então percebo - quero meu rubro de volta.





nunca fiz nada por acaso, a não ser quando me embarcaram à força no avião que me atravessou continente güela a baixo. afora isso, tudo o que eu fiz nessa vida foi com amor e verdade das tripas; e, se o mesmo sisteminha que me enleva passando a mão na minha cabeça dizendo que eu sou o máximo, rotula-me sob a mácula do desvio enquanto eu me abaixo para mijar - então eu cago mais e melhor como se tivesse em patente de ouro.
sim, eu sei viver entre merdas e lagartos e ainda palitar os dentes.



setembro, 2006.

2 comentários:

Anônimo disse...

Newton disse:"se vi mais longe foi porque estava sentado aos ombros dos gigantes";
Tu, Mariana Nisemblat,não te podes sentar aos ombros dos gigantes porque os não conheces, mas se quiseres podes-te agigantar e ver mais longe!
Bora, que se faz tarde!
Josué

Anônimo disse...

verdadeiro ra-tá-tá mesmo!