Ane, eu to ficando loca, mas eu não me esqueci de ti, tá? olha eu não me esqueci, agora só te peço, só não esquece de mim, e traz um gardenal na próxima aula, vamos tomar boletas para enfim sonhar viver de olhos abertos e bem calmas a liberdade que tanto sonhamos e que tanto riscamos diminuindo os dias naqueles pauzinhos desenhados de presidiárias que foram e vieram de arrasto dentro da modorra pardacenta.
é sério, preciso te dizer, preciso te dizer isso há dias, às vezes eu acho que há uma grande conspiração contra mim; eu tenho certeza de que eu faço as coisas, tenho a nítida lembrança de ter escrito algumas várias e certas bobagens incertas sobre a punhetinha solicitada pela mestra-mór e, no entanto, vou procurar o arquivo, seja no pen-drive, no pc, ou na minha memória estéril de quem já está nas últimas, e nada. vasculho várias vezes, aperto o botão da merda ampulheta do sherlock que windows resolveu tomar conta (e que de sherlock não tem é nada) e nada. nada aparece. mas eu me lembro, eu me lembro das frases, o jeito que eu tinha escrito determinada mentira ou verdade, já não importa, o fato é que eu me lembro delas em meio a esses tantos arquivos que, para o meu desespero ainda maior, só abrem em branco, e as frases então voltam na minha memória, bem do jeito, bem do jeito que eu tinha escrito sabe.
guria, descrever tal sensação de perda me dá duas, três, quatro vezes uma revolta do estômago que me sobe tudinho pra cabeça. dá vontade de sair vomitando nas pessoas, quaisquer pessoas, até nos velhinhos que dão farelos pras pombas na Redenção, vontade de gargalhar que nem Gato Félix, e depois chorar, chorar na cara de todo mundo, chorar muito, inundar a roupa dos outros, e então voltar a gargalhar tudo de novo, tapando a barriga com a mão pra tentar amenizar a dor dos músculos flácidos de tanto se encadeirar pra ter canudo, até que por fim, e enfim, tudo caia, eu, o mundo caia, tudo exausto no chão, nauseados de brincar de fantoche faz-de-conta da escolinha feliz.
faz-de-conta, faz-de-conta, é tudo um faz-de-conta, ô dona mestra diplomada, então faz isso, faz de conta que eu já morri, e me esquece, mas antes só mais um pedidinho: deixa eu vomitar meu vômito em paz de marionete dos olhos de vidro do açúcar queimado e me sentir mais leve sem ao menos ter um trabalhinho antes de ter o último treco? posso? posso entregar o trabalhinho lá, no oitavo círculo do inferno? é só mais uma semaninha, mestra. (os pecados já são tantos mesmos que tem elevador direto.) hãm? que tal?
sim, eu admito, eu sou mari, a marionete, que por acaso, ou quiçá, ironia do destino, chegou no final do game.
...
..
então, agora depois te ter reescrito tudo isso durante umas duas horas, eu te pergunto:
acaso venci?
hauahahahahahauahauab
hahahauahauahauahauuau
hauahauahaiuahauahaha
hauahuahauahauahauahua
hauahahahahahauahauab
hahahauahauahauahauuau
hauahauahaiuahauahaha
hauahuahauahauahauahua
hauahahahahahauahauab
hahahauahauahauahauuau
hauahauahaiuahauahaha
hauahuahauahauahauahua
6 comentários:
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(antes de mais nada, deixa ela em paz, crescenet! ah, na real, VÃO SE FUDER!)
véia, HOJE É QUINTAAAAAAAAAA!
te levanta e vamo pro suco!!!!
ô minha, véia, me visitando, é?
saudade tua, quando é que tu vai vir aqui dar uma vomitadinha com a gente?
te liguei pra te dar bom dia, mas acho que tu tava na tua.
enfim, te amo.
ô minha, véia, me lendo, é?
saudade tua, quando é que tu vai vir aqui pruma jantinha com a gente?
bom dia! mas na real eu tava na rua.
até o fim, te amo.
ia lendo e gostando e lendo e me surpreendendo com o ritmo e lendo e querendo saber mais. Ótimas essas tuas estranhas entranhas.
Neshikot rabot de
Mummy, a múmia
essa é minha mãe.:P
humm... um elogia de minha mãe sempre é bem-vindo, pois se ela diz que gosta é porque é verdade. ah, e raros são os meus textos de que ela gosta...
brigada mummy.
mn
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