ah, coisa boa se deixar esquecer da rotina café com pão, assim como deixamos, esquecido do relógio, nosso corpo boiar nas ondinhas calmas do mar, sentido as orelhas gelarem ao ouvir o barulhinho aquático na borda da água...
abstrair o cartão-ponto e enfim... sentir que o mundo é vasto e tudo é tão bom quando podemos expandir nossos sentidos vivendo a plena liberdade, esse estado de soltura que a bíblia tanto propalou por milênios no tal livre arbítrio do ser...
agora, finalmente, deu-se a hora de entender o seu sentido em sua mais ampla concepção da palavra:
L- I- V- R- E A- R- B- Í- T- R- I- O - uma coisa esticada, alongada. boa por demais de se saber sentida.
o livre arbítrio me é tal qual o refrão daquela música:"uma cerveja antes do almoço é muito bom pra ficar pensando melhor..."
porém, tudo o que é bom, avizinha o seu fim a curto-prazo, e a consternação fica por conta da hora de perceber que se aproxima o inexorável momento da volta; e, justamente, nessas horas, impossível não pensar que os dias bem que poderiam ser mais demorados...
que fosse uma hora, duas ou três a mais em cada um, seria de um muito bom grado penhorado... já pensou? se acaso houvesse uma maneira de acúmulo dessas pequenas frações temporais?
"- ah, só mais pouquinho para a leveza do espírito!"
é, mas o implacável tempo não admite ironias... uh! e para os hedonistas então, baita padrasto.
shlap! shlap!
wake up! come back to system. life is hard, honey moon.
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