pego no sono, dentro do trem
vou parar na última estação
até o cobrador sumiu, não há ninguém
redemoinho de folhas pelo chão
o vento joga papéis na minha cara
tem um com mensagens cifradas
mas um código decifro, coração dispara
tudo muito claro nas letras embaralhadas
sento por ali, é um vento de temporal
decoro as mensagens enviadas
antes que a água da chuva, proposital
deixe todas as letras apagadas
não há pressa de ir embora
não temo mais esse lugar ermo
sabia que um dia ia chegar a hora
antes que pusesse tudo à termo
de longe, apita o trem, como uma visão
levanto, a chuva dispara, ele vem me buscar
a tinta escorre pelos dedos da mão
embarco, não há mais o que hesitar
perdi, finalmente, o medo
de voltar
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
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